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Nascido Jorge Mario Bergoglio, o Papa Francisco, que reformulou a Igreja Católica e deu voz aos pobres, morreu aos 88 anos, anunciou o Vaticano. A morte do pontífice foi anunciada na manhã desta segunda-feira (21) pelo cardeal Kevin Farrell, em um vídeo.
“Queridos irmãos e irmãs, é com profunda tristeza que comunico a morte do nosso Santo Padre Francisco”, disse um comunicado do camerlengo.
Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e da Sua Igreja.
Farrell continuou: “Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”.
“Com imensa gratidão por seu exemplo como verdadeiro discípulo do Senhor Jesus, recomendamos a alma do Papa Francisco ao infinito amor misericordioso do Deus Trino”, concluiu a declaração.
O primeiro papa fora da Europa em 13 séculos passou por episódios de dificuldades respiratórias ao contrair pneumonia nos dois pulmões no começo do ano. Foram quase 40 dias internado, tendo alta em 23 de março.
Ao longo da internação, o Vaticano descreveu a infecção do papa como "complexa" e explicou que foi causada por dois ou mais microrganismos.
Durante a internação, Francisco sofreu uma “crise respiratória prolongada semelhante à asma” e precisou de transfusões de sangue em decorrência de uma baixa contagem de plaquetas, associada à anemia. Papa Francisco usa aparelho de respiração de oxigênio em aparição surpresa ao final de uma missa para os doentes e profissionais de saúde na praça de São Pedro, no Vaticano, neste domingo (6/4)
Francisco ficou 12 anos a frente da Igreja Católica, sendo o 266º papa da história. Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, foi o primeiro pontífice nascido e vivido na América do sul a ocupar o cargo máximo para os católicos.
O papa foi considerado como o mais progressista do que seus antecessores. Ele falava da necessidade de se colocar em prática o "zelo apostólico", ou seja, que a Igreja precisava ir às periferias, "e não só as geográficas, mas também as existenciais".
Além disso, em agosto de 2023, ele disse que as mulheres transexuais também são "filhas de Deus". Na ocasião, o papa lembrou da primeira vez que recebeu um grupo no Vaticano. "Elas saíram chorando, dizendo que eu havia dado a mão a elas, um beijo... Como se eu tivesse feito algo excepcional com elas. Mas são filhas de Deus! Ele gosta de você assim".
Ainda naquele ano, o Vaticano aceitou que uma pessoa transexual pode ser batizada "como todos os fiéis" e apadrinhar pessoas e casamento na Igreja Católica, havendo algumas condições.
Segundo o texto, um transexual, que também tenha sido submetido a tratamento hormonal e cirurgia de redesignação sexual, pode receber o batismo, nas mesmas condições dos demais fieis. Porém, não pode haver situações risco de gerar escândalo público ou desorientação nos fiéis. A decisão fica a critério dos padres, que devem ter prudência.